PSP viu mais de três horas de imagens “ilegais” da carga policial do dia 14 de Novembro

PSP viu mais de três horas de imagens “ilegais” da carga policial do dia 14 de Novembro

Em comunicado a ERC recomendou à RTP mais e maiores medidas de segurança. A jornalista que fez a peça não teria autorizado o visionamento se soubesse do que se tratava.

As imagens foram captadas antes da carga policial de 14 de Novembro na Assembleia da República. Foram vistas pela PSP e posteriormente entregues em DVD cerca de 3:14 de vídeo que não foi para o ar nas emissões da estação pública.

 

PSP viu mais de três horas de imagens “ilegais” da carga policial do dia 14  de Novembro

 

A ERC em deliberação  que está disponível online, esclarece que “não tem jurisdição direta sobre jornalistas em particular ou quaisquer outros funcionários dos órgãos de comunicação social” mas ainda assim analisou o caso.

Luís Castro é apontado como o homem que “tramou” Nuno Santos na RTP. Em declarações à ERC, Luís Castro (conhecido como o Repórter de Guerra) disse que “quem quer imagens emitidas vai para o Arquivo, as não emitidas é com a Redação” mas a ERC constata que “esta diferenciação de procedimento não foi confirmada por nenhum outro interveniente no processo”. Estaria Luís Castro a inventar procedimentos?

A partir da folha 7 do documento, descrevem-se as acções no dia seguinte. A jornalista encarregue da situação e de parte das imagens indicou que “se soubesse que eram agentes da PSP que pretendiam ver as imagens por questões relacionadas com a investigação policial dos acontecimentos do dia anterior, e se as suas imagens não tivessem sido todas emitidas, não teria autorizado o seu visionamento”. Mas foram visionadas.

Segundo o Público, “As conclusões do inquérito interno da RTP foram, todavia, criticadas pela Comissão de Trabalhadores. Os trabalhadores falaram na “irrelevância” dessa investigação e acusaram que teve um “alcance meramente administrativo, e com uma nutrida colecção de atropelos formais”.”

O Tugaleaks sabe de processos levantados com base nestas imagens e de processos que podem ainda ser levantados a manifestantes. Temos como exemplo um caso já denunciado em que os manifestantes foram notificados por telefone para comparecer para interrogatório na qualidade de arguidos.

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