O DIAP anda a notificar manifestantes por telefone, e-mail e carta. Após chegarem ao DIAP são constituídos como arguidos e… vão-se embora.

A tática é igual durante a última semana e durante esta próxima. O Tugaleaks sabe de pelo menos dois casos onde certos manifestantes que estão também presentes noutras manifestações, foram chamados ao DIAP.
Após a sua chegada, são informados de que foram denunciados – mas não dizem por quem – e que estão acusados de ofensas à integridade física da PSP ou de participação em motim.

 

14 de Novembro: manifestantes notificados por telefone para comparecerem no DIAP

 

 

Notificação por telemóvel

Uma ativista, Paula Montez, recebeu a mais curiosa notificação que se pode ter recebido. Recebeu uma chamada de um número Vodafone a indicar que tinha que comparecer no DIAP. Nessa mesma chamada interroga a pessoa com quem fala sobre qual a acusação. A resposta foi “ofensas à integridade física da PSP”. Ainda nessa chamada foi solicitado o e-mail para envio de notificação. Além da notificação por telefone foi também enviad auma por e-mail e outra por carta, carta essa que chegou apenas um dia antes da “audiência”, se é que assim se pode chamar.
No DIAP foi apenas constituída arguida, assinou apenas documentação habitual. Não foi questionada sobre algo que pudesse dizer em sua defesa nem foi informada quando voltaria a ser notificada.

 

 

14 de Novembro: manifestantes notificados por telefone para comparecerem no DIAP

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Ação da polícia foi um fiasco

Desde o dia 14 de Novembro que as críticas feitas pelos vários grupos parlamentares e cidadãos sobre o comportamento da PSP têm circulado na esfera pública. Recentemente também o Tugaleaks apresentou queixa-crime contra a PSP por uso ilegal de videovigilância na AR por não haver autorização da CNPD e pela recolha ilegal feita e noticiada em manifestações anteriores.
O caso das imagens da RTP e da aparente traição de Luís Castro (conhecido como o “repórter de guerra”) e outros membros da RTP na cedência de imagens está ainda a ser discutido e longe de terminar. No entanto, a opinião geral é que a RTP não procedeu da melhor forma e violou fontes de informação se for considerado que cada pessoa filmada é uma fonte de informação.

 

 

A Rede 14N, um grupo de pessoas que foi criado no “pós” 14 de Novembro e que era promissor no acompanhamento de todos os assuntos relacionados com os acontecimentos desse dia não emitiu qualquer comunicado ou informação na sua página de Facebook.