O nome do banco que durante as últimas quase duas semanas todos perguntavam é hoje revelado: Millennium BCP.
Este é o banco que há precisamente duas semanas nos abriu uma conta sem suscitar qualquer dúvida. Um dia depois o NIB estava disponível para donativos. E por fim, no dia seguinte, a conta foi fechada sem, até hoje, haver documento oficial a comprovar o fecho.
Apuramos conforme o artigo da semana anterior, que a conta tinha sido fechada pela lei do “financiamento do terrorismo”, dita pelo Gerente da agência.
A nossa carta aberta ao banco
Foi na agência do Pinhal Novo que foi aberta a conta que iria dois dias mais tarde ser fechada. Dia 16 foi entregue ao Gerente da agência, Saul Santos, uma carta aberta assinada por dois membros do Tugaleaks. A época de férias não permitiu a assinatura de mais membros. O gerente comunicou-nos que “dentro de 5 dias” teríamos uma resposta. Os 5 dias terminaram ontem, e não houve resposta. Mais uma vez o BCP não cumpriu com o que foi indicado pelo Gerente do banco.
A nossa carta aberta pode ser vista mais abaixo com o carimbo e a data do banco em como foi recebida.Apresentámos ainda como já anunciado uma reclamação no Banco de Portugal e outra no Livro de Reclamações da agência.
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Ainda sem nada “oficial”
Passaram quase duas semanas. Foi-nos prometido um documento que nos iria indicar o encerramento da conta “forçada” pelo banco ao qual teríamos 15 ou 30 dias (o gerente não sabia ao certo) para responder. Até ao momento não chegou qualquer documento. Estamos, portanto, há quase duas semanas sem provas físicas de tudo o que aconteceu, numa situação alarmante e imoral e com graves problemas de falta de informação.
O Millennium BCP
O Tugaleaks não escolheu o Millennium BCP por acaso. Sendo um banco privado teria possivelmente menos influências do estado. As nossas publicações, embora sempre dentro da lei, de Miguel Relvas, Cavaco Silva e do Governo em si parece que incomodam até os bancos privados. Ao analisarmos e investigarmos os membros do conselho de administração deste banco, é notória a ligação a grupos políticos e mesmo ao Cavaco Silva (onde até a ligação ao BCP é mencionada no livro Cavaco versus Cavaco). Será por isso que estamos a incomodar?
Os media já falam do assunto
A edição do Jornal O Diabo de ontem, 24 de Julho, tem metade de uma página dedicada ao nosso site. Relembra, e bem, que somos considerados pela CIA como um grupo de protesto.
Também no jornal Público saiu um artigo online extenso sobre o assunto, onde é não só mencionado o processo de arguido do nosso fundador, mas também que os donativos são legais pela forma transparente que é feita.
Apelamos aos restantes mainstream media que, caso queiram denunciar esta situação, nos contactem pelos meios que colocamos ao vosso dispor.
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Próximos passos
Vamos aguardar a resposta do Banco de Portugal às duas reclamações que receberam (uma reclamação nossa e outra reclamação no banco) bem como documento oficial do banco. Posteriormente ponderamos caso a conta não seja reaberta, uma acção judicial ou outras formas de protesto.
Garantidamente, o que nos aconteceu tem apenas duas explicações: ou um erro do banco a corrigir o quanto antes; ou efectivamente incomodamos muita gente.
Sabe-se pelas redes sociais que donativos para deficiências, leucemia, idas a Cuba e outros contam muitas das vezes com mais de 10 mil euros. Os nossos não passaram até ao momento dos 50 euros segundo indicámos segunda-feira á tarde ao jornal Público. No entanto, não é por isso que vamos deixar de dar a mesma informação com o mesmo empenho que temos há mais de um ano. Mas, se uma conta “vazia” na altura da sua criação causa tantos problemas, o que irá acontecer quando eventualmente um dia a nossa conta, agora temporariamente noutro banco, tiver algum dinheiro?
Cada vez mais a verdade incomoda, e esta é a prova disso. Os donativos continuam abertos.
