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Bloqueio bancário ao Tugaleaks com base na lei do “financiamento ao terrorismo”

Bloqueio bancário ao Tugaleaks com base na lei do “financiamento do terrorismo”

Finalmente uma resposta! Após insistência, reclamação no banco e o envio de uma carta aberta do movimento Tugaleaks, alguma luz sobre o que se passa começa a surgir!

 

Bloqueio bancário ao Tugaleaks com base na lei do “financiamento ao terrorismo”

 

 

Tal como indicado anteriormente, o Tugaleaks ao tentar abrir uma conta há precisamente uma semana atrás para donativos, deparou-se com a conta fechada após dois dias da mesma ter sido aberta. Sem aviso, sem explicações.
O artigo no Domingo passado dava conta de uma série de factos moralmente contestáveis e, tal como prometido, hoje publicamos a continuação desta saga de discriminação e tentativa de opressão deste movimento cívico.

 

A ida ao banco na segunda-feira

Pelas 9h30m, estávamos no banco, na mesma sucursal onde uma semana antes foi aberta a nossa conta, com o intuito de apresentar uma reclamação. Fomos atendidos pela mesma pessoa que nos abriu a conta e explicaamos ao que vínhamos. Continuaram sem nos querer dar o documento que tinham recebido – e que por pertencer à nossa conta, pensávamos ser “nosso” – sobre o bloqueio imposto. Pedimos para falar com o gerente. 20 minutos passaram, e o gerente finalmente apareceu. A simpatia não deixava o problema resolvido: ele não podia fazer nada.
Explicamos mais uma vez toda a legalidade do processo, a forma como os donativos eram recebidos e toda a forma legal por ela passada. O gerente leu, pensamos nós na íntegra, o que foi enviado pelo departamento que nos bloqueou a conta. Entretanto, focamos a nossa atenção na lei indicada pelo gerente: 25/2008.

 

Branqueamento de capital e financiamento do terrorismo

Devemos andar a incomodar demasiadas pessoas, só pode. A “desculpa” do banco é a de que a nossa conta pode ser usada para branqueamento de capitais ou para financiamento, segundo o nosso entendimento. Na verdade, a Lei 25/2008, segundo o Banco de Portugal, cria “medidas de natureza preventiva e repressiva de combate ao branqueamento de vantagens de proveniência ilícita e ao financiamento do terrorismo”. A lei pode ser vista neste link.
Em momento algum o Tugaleaks é considerado por qualquer entidade em Portugal como uma organização terrorista e em momento algum estamos sob investigação, que seja do nosso conhecimento, por branqueamento de seja o que for.
Uma decisão destas implica provavelmente uma consulta ao nosso site. Algo que só pode ter sido mal interpretado, tendo em conta que somos um meio independente de informação e não uma equipa de hackers de elite. Podemos é incomodar algumas pessoas, mas certamente ainda não chegamos a incomodar os maiores bancos privados em Portugal… até um dia, talvez.

 

A carta aberta

Entregámos também uma carta aberta assinada por dois (de vários) membros do Tugaleaks além da nossa reclamação. Nessa carta, exigimos explicações e a revisão do estado da nossa conta.

 

Os próximos passos

Entregue a carta aberta e a reclamação no livro de reclamações, foi decidido tendo em conta a resposta do gerente, em não divulgar o nome do banco. Tal poderá no entanto vir a acontecer na próxima quarta-feira, caso a resposta que nos iriam dar “em 5 dias úteis” não chegue.
É importante ressalvar que o objectivo do Tugaleaks não é expor o banco mas sim reabrir a conta. Embora já exista outro método de receber donativos, queremos manter a transparência numa conta apenas para esse efeito.

 

 

De uma forma ou de outra, de hoje a uma semana iremos divulgar mais informações. Até lá, a nossa página de donativos continua operacional e as notícias, investigações e divulgação de informação irão continuar, com ou sem donativos.

 

Sou um geek com 35 anos, trabalho há mais de meia vida na Internet. Atualmente sou administrador de sistemas na área de webhosting e segurança informática, trabalho também com escrita criativa para marketing digital e mais umas coisas em modo workaholic. Defensor dos direitos digitais.

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