Há anos que muitos deles trabalham para a EDP. Na realidade, têm um vínculo laboral precário, fazem horas ilegais e mentem aos clientes, tudo em nome da EDP.
Onze da manhã, em frente à sede da EDP no Marquês de Pombal. O aparato policial era pouco, e do outro lado da estrada os manifestantes faziam barulho e diziam “porquê, porquê, não somos EDP”.
A resposta nunca chega. São trabalhadores, alguns com formação superior e alguns acima dos 30 anos. A sua função é atender chamadas nos callcenters da EDP em Lisboa e Seia. O seu ordenado em Lisboa ronda os 600EUR e em Seia os 485EUR. A disparidade entre os salários não se entende, mas sempre foi assim.
São a voz da EDP, são o conforto do cliente quando liga por causa de uma avaria, são as pessoas que resolvem problemas de contratos que magicamente mudam para o mercado liberalizado sem assinaturas e são precários.
Trabalhadores que até mentem para a EDP
Alguns contadores da EDP estão a contar mais electricidade do que deviam.. É uma situação recorrente com alguns contadores que a EDP adquiriu.
Esta situação é bem conhecida nos callcenters da EDP, mas os trabalhadores estão instruídos para não revelaram aos clientes esta situação. Em vez disso, efectuam consumos por estimativa durante alguns meses na esperança dos clientes se “esquecerem” das reclamações.
Fonte oficial da EDP informou ao Tugaleaks que “a concentração de hoje [ontem] junto à sede da EDP tem como participantes colaboradores de um prestador de serviços da empresa, pelo que a EDP não fará qualquer comentário sobre o assunto”.
Fotos e vídeos da manifestação