Em Outubro passado, o já habitualmente visado Capitão do Destacamento de Carcavelos entregou louvores a sargentos. Até aqui tudo normal, não fosse o facto do restaurante escolhido para o efeito, na Malveira, ser onde o Cabo Sequeira trabalhava”nos tempos livres.
O caso aconteceu em Outubro mas só recentemente foi do conhecimento do Tugaleaks que, prontamente contactou o Gabinete de Imprensa da GNR, sem obter qualquer resposta.
De acordo com várias fontes com conhecimento directo da situação, o referido Cabo “trabalha” ilegalmente lá quando está de folga, sendo a situação do alegado conhecimento do Comandante João Garcia. Se estiveres recordado, foi também este oficial da GNR que disse estar “a cagar-se” para os outros comandantes e para os militares.
De acordo com as mesmas fontes, o Comandante tem conhecimento da situação e até a facilita, já que quem está de “atendimento” no Destacamento faz turnos de 24 horas seguidos para que os dias de folga (que são dois, após efectuar o turno de um dia) possam ser mais facilmente usados pelo militar para o seu “serviço extra”.
Vários colegas do militar suspeitam que este não tem autorização para trabalhar no referido establecimento, tendo até sido consultadas as ordens de serviço e verificado que nada existia sobre a autorização. Sobre este facto, também a GNR não comentou qualquer situação.
Uma das funções da GNR é fiscalizar restaurantes (entre outros establecimentos) pelo que a autorização para trabalhar num local que a GNR pode fiscalizar dada ao Cabo Sequeira iria colocar em causa a imparcialidade do militar.
Comandante do Destacamento pode ser promovido a major
Depois das várias denúncias publicadas no Tugaleaks, o comandante poderá brevemente ser promovido a major, estando para breve o início do seu “curso”. O mesmo aconteceu com a sua antecessora, Capitão Cláudia Santos, agora Major Cláudia Santos, que mesmo depois das denúncias publicadas pelo Tugaleaks e dos processos em que esteve envolvida dentro da GNR, foi promovida.
Tal como aconteceu com a Major Cláudia Santos, existem alegadas irregularidades praticadas pelo Comandante que deviam ter sido comunicadas superiormente – como esta, por exemplo – e que estão, até hoje, sem qualquer publicação oficial.
Em inícios de 2015 o Tugaleaks publicava um texto com o título “Na GNR o crime compensa?“. Na altura também não obtivemos resposta sobre este tema.
Imagem: Facebook de João Garcia