Situação ocorrida no Destacamento de Trânsito de Carcavelos da GNR indica que é “preciso” um telemóvel que tire fotografias para se trabalhar numa patrulha. Fique a saber porquê.
30 de Outubro, quinta-feira. Uma das várias operações Stop realizadas pelo Destacamento de Trânsito de Carcavelos encontra um condutor sem documentos de ascendência étnica Africana na Rotunda do Estoril que dá acesso à A5.
O que era uma situação de rotina virou uma anedota no Destacamento de Trânsito.
Na impossibilidade de identificar o cidadão, por falta de documentos de identificação, foi proposto pelo Cabo L. levar o cidadão a casa, que ficava perto, para se ir buscar um documento de identificação. Tal não foi possível porque… estava no local a Comandante do Destacamento de Trânsito como Comandante Operacional da Operação STOP.
Em vez de possibilitar a deslocação de um veículo da GNR para a casa do cidadão com vista à sua identificação, a Comandante indicou que se “faz um modelo com o nome com que ele se identificar”. O modelo em causa é o Modelo 613 que determina a necessidade do cidadão apresentar o seu documento de identificação (BI ou CC) no espaço de oito dias num posto da GNR ou esquadra da PSP. Para todos os efeitos, o cidadão iria sair da Operação STOP sem carta ou documentos e continuava a conduzir normalmente.
Pasmado com a decisão, o Cabo L. indicou “mas eu não sei o nome dele” ao que a Comandante Cláudia Santos afirmou “não interessa, confie na palavra dele e com o seu telemóvel tire uma fotografia para o identificar”.
O subordinado informou que “eu não tenho telefone para tirar fotografias” ao que ela respondeu “então tem que passar a ter um”.
Contactadas várias fontes da GNR, todas concordaram que passar um modelo sem identificar a pessoa é uma situação não viável e contrária ao procedimento da Guarda. “Incompetência e falta de conhecimento de legislação” informa-nos uma fonte, sob anonimato com receio de represálias.
Virou anedota na “caserna” de Carcavelos
No Destacamento de Trânsito de Carcavelos não têm faltado piadas sobre o assunto desde há dois meses para cá.
A melhor, dizem, é que se vão comprar um telemóvel novo no Natal, “temos que comprar um telemóvel com câmara para irmos trabalhar”.
GNR continua sem responder
Após contactar o Major Cruz das Relações Públicas e o General Comandante-Geral da GNR, não obtivemos até ao momento qualquer resposta aos nossos pedidos de informação.
Nas perguntas para esta notícia, era questionado qual era o procedimento para esta situação e se a Comandante Cláudia Santos tinha alguma formação ou curso em trânsito.
O Tugaleaks sabe ainda que a aparente promoção da actual Capitão (Comandante da DT Carcavelos) a Major poderá estar condicionada pelas recentes notícias divulgadas pelo Tugaleaks que dão conta de possíveis crimes públicos.
As notícias são as seguintes:
- Carro da GNR usado para transportar Tenente Coronel e esposa porque estava a chover
- Reunião secreta na GNR para abafar o uso de um carro de patrulha para fins pessoais
- Na GNR, a Comandante do Destacamento de Trânsito de Carcavelos e o ex-companheiro tentam tramar militar
- Guarda que se barricou em casa com arma de fogo e ameaçou matar a família volta à patrulha em Carcavelos
- Comandante dos Bombeiros do Dafundo e Comandante da GNR em Carcavelos tentam tramar militar