São pessoas que precisam de acompanhamento especial e estão a ser “abandonadas” pelo Governo. Faltam “respostas concretas e reais”.
O caso foi denunciado pelo DN na sua edição de 21 de Julho mas podem estar em causa “bastante mais de 100 pessoas”, seguindo uma fonte comunicou ao Tugaleaks.
Trata-se de crianças com uma dependência e que precisam de acompanhamento constante. O Ministério da Educação e Ciência este ano decidiu “apertar” com as escolas e instituições no sentido de alunos maiores de idade não frequentarem a escola.
Segundo o depoimento de Paula Castro, mãe de uma criança com autismo, “[e]u a Mãe fui informada HOJE que o meu filho só tem escola até 30 de Julho e depois olhe …. aumente-lhe a medicação e ele fica a dormir um ano em casa”.
Imagem: South Asian Parent
Este não é um caso isolado segundo a Associação Vencer Autismo, pois “os números oficiais americanos” afirmam que “1/88 crianças sofre de uma perturbação do espectro do autismo; o que significa que é mais que diagnósticos de crianças com Diabetes, HIV e cancro juntos”.
Esta associação, com dois anos de existência, tem criado “inúmeras angariações de fundos para poder ajudar famílias com menores recursos a fazer o Programa Son Rise (que a Vencer Autismo trouxe a Portugal), desta forma estamos a dar aos pais ferramentas para que eles tenham uma intervenção directa no processo de desenvolvimento do seu filho“.
Ainda segundo a Vencer Autismo. em Portugal “não existe nenhum levantamento” sobre crianças autistas em Portugal.
Paula Castro já recebeu uma resposta oficial, informando que “O Ministério da Educação e Ciência, através da Direção-Geral de Edução, ciente das preocupações das famílias de jovens adultos com deficiência, com mais de 18 anos, manifestou já, ao Instituto Nacional de Reabilitação do Ministério da Solidariedade e Segurança Social, total disponibilidade para colaborar no procura de soluções, no quadro das competências legais dos dois Ministérios.”
O Tugaleaks tentou contactar o Instituto Nacional para a Reabilitação mas não obteve resposta. O mesmo aconteceu com o MEC.
Cortes na educação nunca antes vistos
Já em 2012 foram cortados 600 milhões de euros ao sector da educação. Mas em 2013 a educação foi o sector que teve mais cortes orçamentais. Por exemplo, no ensino básico e secundário houve cortes na ordem dos 703 milhões de euros, valor esse que é metade da receita orçamental da Assembleia da República segundo o Orçamento de 2013 publicado no site da AR.