Foram mais de 400 os manifestantes que marcharam por Lisboa este sábado. Pedem o fim das minas e da exploração de lítio em Portugal.
O evento de Facebook, marcado e apoiado por várias organizações, informava que “20% do nosso território está abrangido por pedidos de prospecção, pesquisa e possível extracção futura dentro dessa área, deixando populações inteiras vulneráveis à destruição ambiental, onde se abrirão crateras com 800 metros de largura por 350 metros de profundidade, a céu aberto”.
Por isso, os manifestantes afirmavam que “não aceitamos que o nosso território tenha sido alvo de campanhas de marketing no exterior, sem o nosso conhecimento, nem que os contratos tenham sido trabalhados à revelia das próprias populações”.
Num comunicado de imprensa enviado ao Tugaleaks foi possível perceber inequivocamente o que os manifestantes pretendiam:
Com esta manifestação, pretendemos demonstrar que nós, as populações, não estamos de acordo com todo o programa mineiro desenvolvido e apresentado recentemente, considerando que este não proporciona qualquer benefício significativo às regiões onde se pretende a sua implementação e que, ao contrário do divulgado pelo Governo, este modelo é completamente incompatível com os atuais e os futuros projetos que assentam essencialmente numa política de sustentabilidade, quer no campo económico quer no campo da preservação da biodiversidade (como os exemplos do turismo rural, da agricultura tradicional/biológica e da preservação de património), que nas últimas décadas têm sido desenvolvidos localmente. Assim, para uma economia baseada nos princípios da ética, preservação da biodiversidade e sustentabilidade a longo prazo e voltado para as gerações futuras, solicitamos que sejam cancelados de imediato os pedidos de prospeção, pesquisa e contratos de futuras explorações, inclusive dos pedidos que já se encontram em curso de licenciamento
A marcha começou com um atraso porque esperou por outro autocarro de manifestantes que, partindo do Norte de Portugal, se juntarem ao outros manifestantes em Lisboa e noutros locais.
Convergiram todos na praça do Rossio e marcharam ao som de tambores e palavras de ordem como “não à mina, sim à vida”.
O Tugaleaks registou alguns desses momentos, até ao Largo do Carmo. Podes, por isso, consultar as nossas fotografias na nossa página de Facebook.
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