Falsas escalas de serviço na GNR lesam Estado em mais de 2400EUR/ano por cada militar

E se um dia te dessem um documento para a mão a dizer que ias trabalhar numa determinada hora e não aparecesses ao serviço?
Provavelmente tinhas falta. Mas na GNR, paga com o dinheiro dos nossos impostos, as coisas funcionam de forma diferente: faltas não existem.

É o que acontece no Destacamento de Trânsito de Carcavelos – um destacamento já popular no Tugaleaks pelas suas inúmeras características à margem da lei.

De acordo com fontes do Destacamento, o Comandante João Garcia, assinou pelo seu próprio punho várias escalas, sabendo de antemão que existiam militares que não comparecem nas escalas. Com isto, o militar que recebe um subsídio de escala acima de 200EUR por mês, e que não faz a escala, lesa o estado em mais de 2400EUR por ano.
O estar “escalado” ou “numa escala” significa, na prática, que a pessoa tem que ir trabalhar a uma determinada hora. Mas ali parece não ser assim.

Um caso concreto aconteceu com o Cabo Rainho, que do dia 5 para 6 deste mês estava escalado para trabalhar das 00h às 08h e que não compareceu ao serviço. Com a aparente conivência do Comandante do Destacamento – aquele que se está “a cagar” para os militares e os outros Comandantes – este militar está há vários meses a efectuar escalas fictícias.  Fontes informaram o Tugaleaks de que esta situação é possível porque o referido cabo é o “xibo” que “conta tudo ao Comandante” e por isso recebe estas benesses.

Outro caso é o do militar que se barricou com a arma de serviço em casa no ano de 2014 e que se tentou suicidar mais de 5 vezes nos últimos dois anos. Este militar terá também sido várias vezes escalado sem que tivesse comparecido ao trabalho, aumentando o mau uso do erário público.

GNR tenta “remediar” situação

O Tugaleaks sabe que no dia de hoje um militar, mandatado pelo Comando Geral, se dirigiu ao Destacamento de Trânsito de Carcavelos para informar os militares de que todos devem fazer a escala criada.

O Tugaleaks contactou o Gabinete de Imprensa da GNR, mas, assim como em tantas outras ocasiões, não obteve resposta. No entanto, receberam a comunicação e ao que parece, agiram em conformidade para por cobro a esta irregularidade
Recordamos que existe um processo em Tribunal, que corre termos em Tribunal Administrativo, por precisamente a GNR se recusar a prestar informações sobre outro assunto, informações a que estavam obrigados legalmente a prestar.

 

Haverá necessidade de “remediar” uma situação tão óbvia? Será que os militares vão devolver o dinheiro indevidamente ganho? Será esta uma situação única? São tudo questões que ficam por responder.

 

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