No dia em que o Porto e o Benfica disputaram as meias-finais da Taça da Liga, foi alegadamente agredida por agentes da PSP, facto que a PSP nega.

Era dia de meias-finais onde se defrontavam dois dos clubes Portugueses mais conhecidos. O Porto e o Benfica defonrtavam-se já pelo cair da noite. Pelas 22h no Shopping Center de Massamá havia ainda um café aberto. Um café com clientes, que ainda vibravam com o jogo de futebol.

O problema é que, segundo as regras internas do centro comercial, o café deveria encerrar ás 22h. Pelas 22h15 um segurança do centro comercial terá pedido à comerciante para fechar o café, tendo posteriormente pedido ajuda à PSP.
Segundo relatou a Filomena, a dona do café, “eu só reclamei com o segurança do centro comercial por querer que corresse com os clientes. Naquele dia estava a dar o Porto-Benfica (meia-final da Taça da Liga) e o jogo foi a penaltis. Queriam que eu fizesse de polícia e mandasse as pessoas para a rua? O que eu expliquei foi que os clientes estavam a sair do café lentamente e que já tinha deixado de servir bebidas“.

Contou ainda ao Jornalista Carlos Tomás que escreveu, em exclusivo, para o Correio de Sintra (notícia 1, notícia 2), que “como eu reclamei em voz alta e disse que aquilo que estavam a fazer era atacar uma mulher trabalhadora, fui empurrada pelo agente da PSP que estava a vigiar o centro. Para não cair, segurei-me às roupas dele. Entenderam que era agressão à autoridade e fui presa, algemada e conduzida à esquadra de Massamá. Levei bofetadas na cara, deram-me pontapés e corro o risco de ficar com uma deficiência na vista direita. Até dentro do carro da polícia que me levou como se fosse uma criminosa me bateram”.

 

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Segundo o Correio de Sintra, o advogado Carlos Zagalo afirmou que “se ela ofendeu os polícias, eles só tinham de dar ordem de detenção, conduzi-la à esquadra, elaborarem o auto de notícia e notificá-la para comparecer em tribunal por ordem do Ministério Público. A ser verdade o que as testemunhas dizem, tratou-se de uma clara violação dos direitos humanos”. Tal não aconteceu.

A situação está a gerar revolta entre os responsáveis de establecimentos dentro daquele espaço comercial. O Tugaleaks

 

PSP conta uma versão diferente

O Tugaleaks contactou O Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da Polícia de Segurança Pública. Este, informou o Tugaleaks de que “a intervenção policial foi solicitada pelo segurança àquele estabelecimento, por uma das lojas ainda se encontrar com a porta aberta, às 22H:20 e segundo o regulamento interno do aludido estabelecimento deveria encerrar às 22:15”. Ao contrário do que indica a comerciante, “a cidadã colocou em causa a conduta do agente e saiu do interior do estabelecimento, agarrando-o, numa conduta ostensivamente agressiva” e por isso “o Polícia solicitou que o largasse de imediato, tendo a suspeita direcionado os braços, com o intuito de o agredir”. “Advertida que se persistisse com tal atitude ser-lhe-ia dada voz de detenção, não a tendo demovido de continuar com as agressões, razão pela qual a detenção acabou por se consumar”. A PSP não comentou as alegadas agressões afirmando apenas que a agora arguida foi presente a Tribunal a 28 de Abril, por alegadas agressões ao agente da PSP.

 

Fica a questão. Se não houve qualquer agressão, como ficou esta comerciante com o corpo neste estado?

 

 

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