Coronel da GNR usa carro de serviço para deslocações pessoais

Coronel Papafina Vivas, do Comando Territorial de Portalegre, desloca-se em viatura paga pelo dinheiro dos contribuintes em assuntos não oficiais. Carro pessoal é guardado pela GNR aos dias de semana.

 

Já foi notícia no Tugaleaks por diversos motivos. Primeiro após ter nomeado um familiar para um Posto Territorial, depois quando o Tugaleaks descobriu um padrão entre a tomada de decisões, a denúncia nos órgãos de comunicação social e o regredir das decisões tomadas sem que nada acontecesse ao Coronel de forma visível.

Vem agora a público que, de acordo com informações recolhidas pelo Tugaleaks, este mesmo Coronel de Cavalaria, Joaquim António Papafina Vivas, tem utilizado a viatura que lhe é atribuída para deslocações pessoais.

100km todas as semanas

Através da viatura atribuída pela GNR, o mesmo terá feito deslocações desde o Comando Territorial de Portalegre até ao Destacamento de Estremoz, que está fora do seu comando. A viagem dura cerca de 40 minutos, e 54.3km, de acordo com o Google Maps.

Esta viagem é, alegadamente, feita nos dias em que o Coronel não está ao serviço, deslocando-se assim em viatura do Estado, paga pelos contribuintes, para mais perto de casa.

Esta viagem não é feita com o motorista que lhe está atribuído, o Cabo Barbas.

GNR “guarda” carro de civil

Já em Estremoz o Coronel Papafina Vivas pega no carro particular que fica guardado durante toda a semana no Destacamento de Estremoz, e usa-o, deixando ficar o seu carro atribuído pela GNR fora do seu comando.

Acontece que mesmo aquele carro não é do Coronel. De acordo com informações públicas recolhidas através da matrícula, o carro está em nome de um elemento do sexo feminino, talvez a esposa ou um outro familiar. Mas é sem dúvida um carro civil, guardado dentro de uma instalação militar.

O Tugaleaks confirmou ainda, junto de fontes próximas, que até à semana passada, o carro tinha chumbado na inspeção, e mesmo assim era conduzido pelo Coronel Papafina Vivas. O carro estava na situação de ter um mês para corrigir os problemas e de voltar ao centro de inspeção para verificar se tudo está correto.

Visualizam-se abaixo duas fotos, uma do carro do Estado, atribuído à GNR que por sua vez o atribuiu ao Coronel Papafina Vivas, e outra do carro particular estacionado numa instalação militar (a matrícula está rasurada para proteção de dados).


 

O Tugaleaks contactou a GNR que nada disse. O Tugaleaks contactou o Ministério da Administração Interna, que também se remeteu ao silêncio.

 

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