António Costa não é notificado sobre queixas contra ele há dois meses por “falta de funcionários”

Há dois meses António Ramos presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia apresentou queixa contra António Costa, Miguel Macedo e José Magalhães. Mas notificá-los parece difícil.

António Ramos é sindicalista da PSP. Foi reformado compulsivamente em 2006 por ter feito declarações na televisão. Depois de ter ganho o processo e ter voltado a estar ativamente naquela força de segurança, decidiu há dois meses apresentar queixa contra o Dr. José Miguel Macedo, Dr. António Luís Santos da Costa e José Manuel Santos de Magalhães.

Estas pessoas estavam inseridas nos serviços do Ministério da Administração Interna naquela altura.

O problema é que, passados dois meses, estas três pessoas ainda não foram notificadas. Porquê? Segundo informações recolhidas pelo Tugaleaks, por “falta de funcionários”.
São 60 dias em que a única coisa que era precisa era uma notificação postal, e não existem funcionários para notificar os visados, sendo que um deles poderá ser o próximo primeiro-ministro.

 

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A testemunha detida

José Sócrates é uma das testemunhas a favor de António Ramos. Além desta testemunha, que está detida desde ontem, será ainda testemunha uma cidadã, dois agentes da PSP e Durão Barroso.
Em termos políticos, o adversário de Seguro e uma pessoa da oposição serão algumas das testemunhas que podem permitir a António Ramos levar 200 mil euros para cada porque “foram produzidos danos morais, traduzidos no vexame, melancolia, doença e perda de estima como agente sindicalista, sendo que um dirigente sindical dedicado fica constrangido, abatido e doente com o vexame do incumprimento ostensivo da lei”.

 

As declarações que levaram a todo este processo

O Senhor Primeiro-Ministro deve estar noutro planeta, não respeitou as Forças de Segurança, como deve calcular, tentou de uma forma airosa virar a opinião pública contra os profissionais das Forças de Segurança.
Á semelhança do que fizemos com o Governo anterior onde, portanto, fazemos um desgaste permanente e temos condições para que a partir de agora façamos um desgaste permanente a este Governo à semelhança do que enviámos o anterior Primeiro-Ministro para Bruxelas, com certeza mais depressa enviamos este Primeiro-Ministro para o Quénia.

 

 

O Tugaleakas contactou o sindicalista que comentou que esta “é uma situação caricata, não notificarem o senhor por falta de funcionários quando a Ministra com esta reforma iria por mais funcionários e juízes a trabalhar”. “Está previsto e contemplato a notificação por postal simples, ou enviarem para a policia na área”, esclarece o sindicalista.

Já outra pessoa ligada ao processo desabafa que esta “é uma descupa que não é minimamente aceitável“.

 

Contactámos o Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, o qual não respondeu aos nossos pedidos de informação.

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