O documento é facilmente obtido. Já esteve no RapidShare e está ainda no Scribd e foi há poucas horas disponibilizado em torrent.
Ontem, a manchete de um dos mais vistos jornais do país apregoada um caderno eleitoral com dois anos de atraso e o seu leak para a Internet.
Como o fundador do Tugaleaks explicou numa entrevista à RTP no dia de ontem, este não parece ser uma acção de hackers. Esta é provavelmente uma acção de descuido por parte de alguém dentro do partido que só agora se veio a descobrir. No entanto o PSD Lisboa tem sido ao longo de vários meses uma distrital partidária bastante afectada pela tecnologia ou a falta dela. Existem repetidos ataques na sua página web e este leak volta a colocar em causa a competência de um dos maiores partidos para gerir plataformas tecnológicas e a confidencialidade dos seus dados.
O documento pode ser obtido com uma simples pesquisa no Google por “Seccoes concelho LX”. Isto prova que o documento estava há algum tempo online, e que foi um acaso esta descoberta (seja pelos media ou por membros da cúpula dos Anonymous).
A posição do Tugaleaks no dia de ontem era a de não revelar o link do documento, para aguardar que o documento fosse eliminado.
Apesar disso, o documento não só continua no Scribd como também já em torrent na mesma pesquisa do Google, tornando-se a sua eliminação bastante mais complicada.
Desta forma, a publicação ou não do Tugaleaks tem um envolvimento praticamente nulo neste processo que está a ser espalhado pela Internet e que, como é hábito na Internet, vai ficar sempre online.
Outra distrital, a de Setúbal, já foi anteriormente alvo de ataque, publicou o Tugaleaks no ano passado. Na altura a base de dados tinha como password “pinoquio” e foi divulgada pelos LulzSec Portugal.