O Genro de Cavaco Silva, Luís Montez, tem agora uma grande sala de eventos. Mas com que dinheiro foi ela comprada? Montez está com pelo menos 13 processos pendentes em tribunal por dívidas.
O Pavilhão Atlântico é um espaço na Zona Oriental de Lisboa, criado na altura para servir os interesses da Expo’98. Tem uma capacidade para 20 mil pessoas e permite fazer eventos, congressos e tudo o que envolva grande número de pessoas. Em Lisboa, é dos espaços maiores para este tipo de eventos.
Por outro lado, Luís Montez tem ainda fortes influências no Superbock SuperRock e do Suboeste. É ainda dono das rádios Oxigénio, Nostalgia, entre outras.
As contas batem certo, diz o Governo
O Governo viu à lupa as contas de Luís Montez segundo o artigo do Expresso. No mesmo artigo, indicaram que as “diligências do Governo não detetaram qualquer irregularidade, garantindo, assim, a idoneidade da proposta vencedora”.
Em entrevista à TVI, a Ministra do Mar, do Ambiente, e do Ordenamento do Território, indicou que um dos critérios era a “estabilidade do accionista”.
Ou se calhar não batem certo…
Segundo o Jornal O Crime da sua edição de 19 de Julho, Luís Montez e a sua empresa Música no Coração são considerados de “risco comercial elevado” e “crédito não recomendado”. Ainda assim, de alguma forma, conseguiu um valor elevado para a compra do espaço, mais alto que outras duas propostas, uma delas estrangeira.
No artigo desse jornal, escrito por Carlos Tomás, pode ler-se que “Uma consulta através do site que permite aos agentes de execução que permite “ver à lupa” (…) empresas e particulares (…) é possível perceber que Luiz Montez e a sua empresa têm pelo menos 13 processos pendentes em tribunal por dívidas”.
Podemos ler ainda que “Depois de o relatório da D&B ter ido posto a circular na Internet há cerca de três meses, Luís Montez, segundo “o Crime” apurou, terá efectuado uma série de diligências para travar as execuções de que estava a ser alvo, chegando a acordos para pagar as dívidas. Mas os processos permanecem todos pendentes e prontos a avançar (…).
Permanece então a ligeira impressão de que este é apenas mais um negócio favorecido pelo estado, ou até pelo nosso Presidente da República.
Onde é que o governo viu as contas? Porque uma informação tão diferente de um órgão de comunicação social fruto de uma investigação, que se presume, mais profunda e com menos recursos do que o estado? Para que serve a família, se não para dar uma ajuda quando é preciso?
São tudo boas perguntas, sem boas respostas.
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