Foi violada por um colega de trabalho numa viagem ao Dubai. Agora esta jovem Norueguesa é condenada a 16 meses de prisão. Esta história está a gerar uma onda de solidariedade.
Esta história está em bastantes órgãos de comunicação social na Noruega e levanta a polémica questão de como as mulheres que alegam abuso sexual são tratadas nos países dos chamados Emirados Árabes Unidos.
Marte Deborah Dalelv tem 24 anos e é designer de interiores desde Setembro de 2011. Foi com três colegas de trabalho ao Dubai em Março deste ano, mas esta viagem transformou-se no seu maior pesadelo…
Estavam os quatro num bar e por volta das três da manhã pediu a um dos colegas para a acompanhar até ao seu quarto de hotel. Este pedido foi feito porque o hotel era grande e, como já tinha estado a beber, não queria andar sozinha pelos corredores confusos de madrugada.
Polícia não acreditou
Segundo o relato feito à CNN, quando chegou ao quarto – que pensava ser seu – deu por si dentro do quarto do colega, que alegadamente a violou. Na manhã seguinte acordou sem roupa e conseguiu sair do quarto e foi directo à recepção do hotel pedir para chamarem a polícia.
Chegaram cerca de 10 a 12 agentes da polícia do Dubai, todos homens. Depois de recolherem os testemunhos de ambos, Dalelv foi levada à esquadra onde um agente alegadamente lhe perguntou “não chamou a polícia porque apenas não gostou?”. Parece que ninguém acreditava nela.
Ficou presa quatro dias, sem explicação. Conseguiu ligar aos pais e, apenas com a presença de um representante da Embaixada Norueguesa foi ser libertada.
Alega ainda que a sua entidade empregadora “pediu-lhe” para dizer que o a relação era consensual e ela indicou precisamente isso esperando que “tudo fosse acabar”, algo que a empresa desmente.
Em vez “tudo acabar” foi ainda acusada por prestar falsas declarações.
Depois de ambos os envolvidos serem despedidos – por alegadamente beberem álcool em serviço – na passada terça-feira Marte Deborah Dalelv foi acusada com um ano de prisão por relações fora do casamento, três meses por falsas declarações e um mês por consumo ilegal de álcool.
Existe uma página de Facebook a pedir a libertação da jovem e também uma petição.