Gerem a nossa dívida, mas o Presidente do Conselho de Administração da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública ganha 10 mil euros mensais.
Quando se fala em crise ou na nossa dívida, o cidadão dito comum pensa que o esforço vem de todos, principalmente de cima, havendo exemplos de sacrifícios no sector publico tal como estes são pedidos a todos os cidadãos em nome da crise da dívida e do FMI.
Tal parece, aos olhos de muitas pessoas, não acontecer.
Segundo o próprio website, o antigo IGCP – Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I. P. – agora denominada de Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública “é a entidade pública a quem compete, nos termos do Decreto-Lei n.º 200/2012 de 27 de agosto, gerir, de forma integrada, a tesouraria, o financiamento e a dívida pública direta do Estado, a dívida das entidades do setor público empresarial cujo financiamento seja assegurado através do Orçamento do Estado e ainda coordenar o financiamento dos fundos e serviços dotados de autonomia administrativa e financeira”
Vencimento acima do valor de Passos Coelho
O Primeiro Ministro recebe 4892 euros. Mas todas as pessoas do conselho de Administração da agência que gere a dívida pública vão receber mais do que o Primeiro Ministro.
João Moreira Rato, presidente do Conselho de Administração, vai receber dez mil euros.
Existem ainda dois vogais do Conselho de Administração, a receberem 7.960,50 euros e 6.998,45 euros respectivamente.
Esta informação encontra-se disponível neste link.
9 milhões para gerir a dívida pública
O valor da dívida portuguesa ao FMI é de EUR 24.725 milhões, conforme consta do Boletim Mensal de janeiro de 2014, publicado pelo IGCP, E.P.E., que pode ser consultado aqui.
Este valor exclui dívidas a qualquer outra entidade ou de qualquer outro tipo.
Desde 2010, esta agência recebeu quase 40 milhões de euros para gerir a dívida pública. Em 2010 recebeu 10.598.700, em 2011 recebeu 9.132.214, em 2012 recebeu 8.984.839 e no ano passado recebeu 9.032.742.
São 97 funcionários, mais 3 membros do Conselho de Administração, que ganham para gerir a nossa dívida.