A notícia não é nova mas é alarmante. Mais um ano que fundos não se sabem para quê vão para fundações duvidosas. Mas num clima de austeridade, temos Fundações possívelmente de “amigos” a serem alimentadas por Portugal. Porquẽ?
Eis numa lista em PDF do DN, alguns exemplos do que falamos:
- Fundação LMBCE ‐ Lisboa Mais Bela Cidade da Europa, apoiada pelo Ministério da Segurança Social, da Família e da Criança
- Fundação Merck Sharp e Dhome, apoiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
- Fundação Pedrito de Portugal, apoiada pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social
- Fundação Schering Lusitana, apoiada pelo Ministério da Saúde
- Fundação Grande Oriente Lusitano, apoiada pelo Ministério da Segurança Social, da Família e da Criança
Há aqui perguntas que devem ser feitas, mas que ninguém as faz:
Se em 2011 estas fundações todas recebiam um valor estimado de 81 mil milhões de euros, quanto paga o estado para estas e outras empresas? Uma outra questão é: quantas vezes cabe dentro desta estimativa o total arrecadado com o roubo dos subsídios?
Seria interessante tentar obter os montantes que o estado actualmente gasta com isto. Mas parece impossível.
Este ficheiro vem da investigação do DN que foi publicada durante uma semana inteira, uma parte por cada dia. Esta investigação do estado da nação resultou num livro publicado em 2012 com o título “O estado a que o estado chegou” que chegou ao 2º lugar do top de vendas da sua categoria.
Estamos na segunda parte de 2012. Onde será gasto o nosso dinheiro? Será algo contextualizado ou continuaremos a apoiar instituições maçónicas e tauromáquicas?