Se faltas, apresentas justificação. É assim para quem trabalha, presume-se. Mas não para os deputados. Se falta, diz que está doente. E isso é justificação, sem provas.
Remonta a 2009 a Resolução da Assembleia da República que regula as faltas dos deputados.
A certa altura, podemos ler:
7 — A palavra do Deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais. Quando for invocado o motivo de doença, poderá, porém, ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana.
Em termos práticos, o que a Resolução da Assembleia da República 21/2009 quer dizer é que quando um deputado falta, ele pode dizer o que quiser. Ser faltar mais de uma semana, ai já tem que se explicar.
No caso real, ou seja, os Portugueses que pagam dos seus impostos para os deputados tentarem nos (des)governar, tens que apresentar um papel e nem todos servem. E se demorares mais de uma hora de deslocação de um médico para o teu local de trabalho podem-te marcar falta.
Assim vivem os deputados na AR, com as suas mordomias. E só para descontextualizar esta notícia, o desemprego está, se lhe juntarmos os números “não oficiais”, acima dos 15%.
Bem vindo a Portugal.