Este sábado e domingo, é possível ver teatro de intervenção no Lavadouro Público de Carnide. O facto do presente trabalho ser apresentado num espaço de trabalho realça o seu carácter de texto de intervenção. A peça reflecte a descrença nos modelos políticos e sociais vigentes sentida por Ricardo Castelo Branco.

 

Teatro de intervenção: Este nada que voz deixo

 

Este é um tipo de teatro que se encontra actualmente pouco explorado. O teatro de intervenção surge ciclicamente em épocas de crise. durante a Guerra Civil de Espanha, durante o fim da República de Weimar, durante a Comuna de Paris, durante a Revolução Soviética, a seguir ao 25 de Abril…

O presente trabalho foi o resultado de um projecto de acolhimentos, no regime de residência artística, promovido pelo Teatro do Silêncio. Dentro desse programa já teve lugar um espectáculo de dança contemporânea desenvolvido por Sara Anjo, tem agora lugar o presente espectáculo e vai ainda ser apresentado, no final do mês de Julho, um trabalho de video, performance e instalação pela artista plástica Sofia Freire d’Andrade.

 

Ficha técnica

Criação e Interpretação: Ricardo Castelo Branco
Voz-Off: A. P.
Realização Plástica (máscara e peixes): Sofia Freire d’Andrade
Edição de Som: Diogo Hasse Verdial
Tutores: Maria Gil e Pedro Silva
Produção Executiva: Tânia Rodrigo
Produção: tds 2012

 

Onde assistir?

TEATRO DO SILÊNCIO
Rua Maria Brown 7, 6G, 1500-430 Lisboa
Telm.91 463 26 75 – Tânia Rodrigo (produção)
Sala de Espectáculos: Lavadouro Público de Carnide, Estrada da Correia, Carnide, 1500-210 Lisboa.
Ás 18h de sábado e domingo, preço 5EUR, 40 minutos aproximadamente.

Sensivelmente, de quatro em quatro anos, temos pragas de políticos que assolam o país num frenesim; invadem as cidades, as vilas, as aldeias e os casais e, onde quer que haja um português, a praga chega. Por vezes chega antes dos quatro anos e são as pragas intercalares. Assim, de cada vez que a praga se começa a manifestar, pegamos em 230 políticos e enfiamos com eles dentro de um casarão velho e bafiento que se chama São Bento e, durante quatro anos, vamos-lhe dando muita comida e comodidades, de forma a vê-los crescer, inchar, medrar como porcos cevados em pocilga. Após algum tempo, eles já quase que não se movem, estão gordos, obesos, anafados, rechonchudos como repolhos. É nesta altura que algo acontece…

 

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