Os cortes podem chegar aos 6% e acentuam a crise em Portugal. A proposta aprovada pelo Governo vai ter efeito hoje, dia em que se começam a receber os subsídios.

Quem recebe acima do valor mínimo vai ter cortes. O corte é de 6% sobre o subsídio de desemprego – excluindo prestações atribuídas a casais com filhos – e de 5% nas prestações de doença superiores a 30 dias.
Este corte vai ter também efeitos retroactivos de sete dias, porque a medida entrou em vigor a 25 de Julho com o Orçamento Rectificativo.

 

Cortes nos subsídios de desemprego e subsídios de doença sentem-se a partir de hoje

 

Estas decisões tinham sido suspensas pelo Tribunal Constitucional, mas voltaram a ficar em efeito devido ás manobras tomadas pelo Governo de Passos Coelho.

Este mês vão ainda haver cortes nos funcionários públicos e pensionistas que passam a descontar mais para a ADSE, tendo uma taxa a pagar de 2.25% e não dos actuais 1.5%.

 

Movimentos Sociais permanecem calados

Desde finais de Junho que os Movimentos Sociais parecem ter ido para férias, à falta de melhor informação sobre o silencio destes. A Plataforma 15 de Outubro, o Que se Lixe a Troika e os restantes movimentos que outrora marcavam manifestações contra as medidas do Governo, permanecem calados.
Já em atitudes anteriores, como a mudança do “irrevogável” no caso de Paulo Ports culminou também no silêncio destes movimentos sociais que habituaram a sociedade Portuguesa a protestar contra as medidas de austeridade.
O Que Se Lixe A Troika teve o seu último evento a 7 de Julho com a subscrição de uma moção de censura popular e o 15 de Outubro teve a sua última reunião plenária 10 de Julho.

 

Cortes nos subsídios de desemprego e subsídios de doença sentem-se a partir de hoje