Interrompeu por duas vezes o debate quinzenal na Assembleia da República. Como “pagamento”, é arguido num processo que lhe pode dar pena de prisão até oito anos.
Ivo Margarido, que apresentou queixa contra Passos Coelho, Cavaco Silva e outras pessoas por fraude no sistema monetário bem como contra mais de 30 bancos pela mesma alegada fraude, é agora arguido num processo por ter perturbado por duas vezes os trabalhos dos deputados no debate quinzenal na Assembleia da República.
O cidadão ia regularmente ao parlamento de 15 em 15 dias. Tinha feito algumas questões a organismos públicos ao abrigo da Lei de Acesso a Documentos Administrativos mas nunca obteve resposta. As perguntas vão desde os chemtrails, a fraude no sistema monetário entre outras que nunca obtiveram resposta.
Antes de interromper pela primeira vez os trabalhos na AR, apresentou requerimento ao Comissário da PSP responsável pela segurança do Parlamento para participar no debate parlamentar mas foi informado de que isso não seria possível.
Interrompeu pela primeira vez o debate parlamentar a 24 de Maio e Assunção Esteves disse que “não se podia manifestar no parlamento”.
No dia da segunda intervenção, conta-nos Ivo Margarido, quando entrou na AR estava já a ser seguido pelos agentes da PSP. Interrompeu o Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, questionando-o também sobre a fraude do sistema monetário. Foi novamente retirado da Assembleia.
Ás suas perguntas chegou finalmente uma resposta, mas não a que ele esperava.
O interrogatório ocorreu hoje no Posto Territorial da GNR de Leiria pelas 10:00 e demorou apenas vinte minutos, uma vez que o Ivo Margarido não prestou declarações.
Está indiciado dos crimes de Coacção contra órgãos constitucionais (artigo 333.º, CPP) e de Perturbação do funcionamento de órgão constitucional (artigo 334.º, CPP).
Ivo sente-se “firme” e quer “demonstrar que estão a ser cometidos crimes graves pelos políticos portugueses”. Diz ainda que “a prisão não me assusta, já que esta é uma etapa provável neste processo, a qual deriva da corrupção ativa do sistema. A Justiça terá a oportunidade de demonstrar se é isenta ou nem por isso”
Conclui ainda dizendo que “se é para perder a liberdade então que seja e prol da conquista da libertação de Portugal dos criminosos que se apoderaram do aparelho do Estado”.
Num documento publicado por Ivo Margarido, podem ser obtidas informações mais detalhadas sobre o que se passou na Assembleia da República.