A empresa é Açomonta e está sob investigação há mais de um ano pelas autoridades do trabalho no Luxemburgo.

A denúncia é feita em várias frentes e com várias queixas. Normalmente, os trabalhadores não têm folgas ou apenas uma folga e trabalham mais de dez horas por dia. Quanto ao pagamento, recebem entre 500 a 700 Euros, o que é abaixo do mínimo estipulado naquele país para as o sector da construção civil.
Quanto ao edifício onde passam o resto do tempo, o mesmo não está em França na fronteira com o Luxemburgo. A empresa, alegadamente, adquiriu um edifício abandonado da antiga fábrica Micheville.

 

Empresa Açomonta escraviza trabalhadores no LuxemburgoImagem: Radiolatina

 

Os trabalhadores são recrutados em Portugal e levados para o Luxemburgo para, supostamente, trabalharem mais. A falta de informação dos trabalhadores leva muitas das vezes a um clima de aceitação sem o conhecimento das verdadeiras condições de trabalho.

A autoridade do trabalho no Luxemburgo investiga há um ano a empresa e segundo declarações feitas ao site Radiolatina “É uma investigação complicada que dura há mais de um ano e que continua em curso. Estamos a verificar todos os elementos que temos à disposição e, até prova em contrário, a empresa é inocente”. O responsável da empresa também desmentiu estas acusações. O facto é que a investigação continua.

 

 

Empresa também já alvo de críticas de escravatura em Portugal

A empresa foi já algo de notícia em Portugal, mas não pelas melhores razões. Segundo o site do Partido Comunista Português, bem como outros sites que na altura denunciaram a situação, a construção do datacenter da PT em 2012. A história era a mesma: edifício sem água canalizada, onde as pessoas dormem, cozinham e fazem a sua higiene. A situação pareceu na altura ter ficado resolvida depois da intervenção da ACT.

Esta empresa tem a sua sede social em Grândola. Terra de menção à liberdade.