Chegou ao Tugaleaks um vídeo que mostra a Veolia acolocar no Rio Sousa descargas, possivelmente ilegais. A Veolia, contactada por e-mail e telefone, não comenta.
Não é a primeira vez que o Tugaleaks fala na Veolia. Há alguns meses noticiamos que em Ermesinde um falecido há 12 anos tinha recebido uma multa 3740EUR por ter uma casa antiga que não estava ligada ao saneamento público. Aparentemente o mesmo não funciona de volta, ou seja, quando é a empresa a ter que cumprir as regras.
O vídeo que chegou ao Tugaleaks mostra um camião, acompanhado de um funcionário da Veolia no carro da empresa e identificado, a descarregar material para o Rio Sousa. Segundo a nossa fonte, “as autoridades locais nada podem fazer pois os donos do poder não o permitem pelas influências que têm, nomeadamente os “esquemas” de emprego nas suas empresas ou as “facilidades” que os funcionários têm de utilizar os veículos oficiais para seu serviço pessoal e os tempos normais de laboração na empresa ou município”.
No vídeo é possível verificar a matricula P-50807 do proprietário do atrelado – que pode ser de uso pessoal – bem como a matrícula 04-HZ-37 do carro da Veolia que acompanhou o tractor até ao sítio onde fazia a descarga, uma vala ligada ao Rio Sousa.
O filme foi fotografado a 22 de Fevereiro em Santiago de Subarrifana, concelho de Penafiel. No entanto na passada quarta-feira foi avistado novamente um funcionário da Veolia, que, segundo a mesma fonte, ao perceber que não estava sozinho, abandonou o local.
“Os Verdes” já tinham denunciado a situação mas, segundo o semanário Verdadeiro Olhar, a autarquia garantiu que as descargas “não existiam”, o que ficou provado neste vídeo não corresponder à verdade. Segundo ainda o mesmo semanário, o contrato da água pode ter ilegalidades e um Movimento Cívico já tencionava em Janeiro apresentar uma queixa para travar esse mesmo contrato entre a Veolia e a Câmara.
O Tugaleaks tentou contactar a Veolia de Paredes por e-mail e telefone. Fomos reencaminhados para a administração, a Veolia Valongo, com quem falámos por telefone e também por e-mail. Obtivemos silêncio de ambas as partes.
Também contactámos o a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, com carácter de urgência, mas até à publicação deste artigo a mesma ainda não tinha respondido.