Uns bagos de arroz, umas batatinhas ou até peixe cru. As críticas vêm de vários locais, e o Ministério da Educação está atento.

“Fico a pensar se é pra isto que pagamos os impostos” diz uma mãe desesperada na rede social Facebook. Além do desabafo, posta um panado e uns bagos de arroz. As fotos parecem querer dizer uma coisa: as crianças naquela escola passam fome.

Uma refeição, de acordo com declarações ao Observador de um diretor de uma escola, “tem que ficar entre 1.42 euros e os 1.70 euros”. Um valor insuficiente para a maioria das escolas contabilizar, por aluno, uma boa refeição.

As fotos recolhidas da escola Escola Básica Roque Gameiro, e falam por si:

Ministério tem recebido reclamações

Contactada fonte oficial do Ministério da Educação, obtivemos a confirmação de que “já chegaram à DGEstE, até à presente data deste ano letivo 2017/2018,   reclamações diretamente de algumas escolas (…) Na maioria evidenciava-se o baixo nível da qualidade dos produtos utilizados pelas empresas adjudicatárias. Relativamente às reclamações apresentadas procedeu-se conforme o estipulado no caderno de encargos”.

Confrontada com estas mesmas fotos, a mesma fonte afirmou apenas que “no caso  de se  verificar alguma situação irregular, deve a direção da escola tomar conhecimento e providenciar junto dos responsáveis da empresa fornecedora do serviço a correção da situação. Caso a situação não fique resolvida, através deste contato, deve a escola  submeter a reclamação para uma intervenção direta pela DGEstE”.

Contactada a escola, fonte oficial informou que efetivamente a quantidade é insuficiente, mas atribui esse problema a ao caderno de encargos. Informou ainda que esta é a primeira reclamação do género e que irá dar conhecimento da mesma na plataforma própria para o efeito junto dos serviços do Ministério da Educação.

 

Conheces outras irregularidades nas escolas?
Envia-nos uma denúncia anónima.