“A dona Maria Adelaide está proibida de falar”, conta-nos uma revista que informa igualmente que num rés-do-chão a mãe de Sócrates não fala com ninguém, protegida por familiares e funcionários.
Desde a sua detenção que o passado de Sócrates o tem caçado na comunicação social. Várias são agora as investigações jornalísticas que mexem onde Sócrates não queria.
Muitos falam em linchamento público. Outros falam em liberdade de imprensa.
A Revista Flash, publicou na sua última edição uma história com jornalistas no local onde entram no mundo da mãe de Sócrates.
Segundo a revista, Maria Adelaide passa os dias fechada em casa, protegida por familiares e empregadas. Estas, contactadas pela Flash, disseram que “a Dona Maria Adelaide está proibida de falar”. Quando os jornalistas questionaram por quem, a resposta foi “pela família”.
Adiantou apenas que a senhora “está bem”.
A mãe tinha já sido notícia por ter vendido três casas ao amigo de longa data de Sócrates que se encontra também detido.
A mesma publicação sabe no entanto que a mãe de José Sócrates sofre de “vários problemas de saúde que incluem locomoção e coração”. Desta forma, deverá permanecer em casa o mais alheia possível aos acontecimentos do filho.
Expulsa das Testemunhas de Jeová
A religião conhecida como Testemunhas de Jeová proíbe o voto em qualquer eleição, seja ela qual for. Proíbe também que outras pessoas falem com ex-Testemunhas de Jeová. Isto deve-se ao facto da “neutralidade política” que esta religião assume.
A Revista Flash sabe que a mãe de Sócrates foi expulsa das Testemunhas de Jeová em Cascais porque foi “apanhada” a votar nas últimas eleições.
Não perdendo tempo, Maria Adelaide contornou a situação e passou a frequentar o culto das Testemunhas de Jeová de Alijó. Será que estas sabem que Maria Adelaide foi expulsa?
Avô de José Sócrates era “contrabandista”
Ainda segundo a mesma publicação, Júlio César Monteiro ou Júlio ‘Reco’ como era conhecido na região, foi capataz das minas de volfrâmio de Vale das Gatas. Era um “comerciante bem-sucedido com venda instalada em Vilar de Maçada, que teve o monopólio da farinha”, entre outros.
Era também “um homem temido pelos mineiros”.
Mas existe ainda um outro comentário, anónimo, que dá conta de outra história ouvida pelo próprio Pai: “O Júlio ‘Reco’ era um contrabandista que no tempo da II Guerra vendia o volfrâmio que desviava da mina a mil escudos o quilo. E mil escudos naquela altura era uma fortuna. Ele era o capataz da mina e nunca impediu nenhum mineiro de roubar as pedras, mas todos os que deixava passar, e achavam que por isso estavam a salvo, eram logo apanhados pela GNR. Só ele é que nunca foi apanhado. As pessoas tinham muito medo dele”.