Quem disse que fazer política em Portugal não dava lucro, enganou-se. Até 2005 os políticos com mais de 12 anos de “serviço” podiam pedir uma reforma… para a vida!
Foi a 10 de Outubro de 2005 que a “mama” acabou. Foi revogada a Lei 4/85 com a Lei 52-A/2005 que indicava que qualquer político podia pedir a subvenção vitalícia e acompanhar a pensão com cargos, por exemplo, em empresas privadas como o BANIf que foi denunciado ontem e teve muitos antigos políticos.
Qualquer pensão é, já de si, maior do que o ordenado mínimo em Portugal.
O Expresso apresentou alguns exemplos: António Bagão Félix recebe 1000EUR e foi Ministro da Segurança Social e do Trabalho e Ministro das Finanças, recebendo a pensão mais baixa. Já uma das subvenções mais altas pertence a Carlos Melancia, que ganha 9150EUR e é neste momento empresário hoteleiro.
Miguel Relvas pode voltar a receber 2800EUR por mês
Miguel Relvas recebia por ano 14.000EUR provenientes da sua subvenção vitalícia. Poderá vir a requerer novamente o pagamento mensal de 2800EUR, uma vez que teve que suspender o mesmo quando regressou à política e que há poucos dias teve a sua carreira acabada em desgraça e tendo esses anos de política sido à custa de uma mentira (ou lapso) na legislatura de 1985-1987.
Continua a aumentar o pagamento das subvenções
Mesmo depois de ter acabado a “história” das subvenções polícias e de mais nenhum político “novo” poder entrar, ao longo dos anos após 2005, continuaram a ser solicitadas tendo em conta que haviam ainda mandatos que não teriam acabado. O site Tretas publicou vários gráficos, que reproduzimos:
Outros visados pelas reformas vitalícias
Em Junho de 2012 o Tugaleaks falou o caso de Eduardo Catroga, que recebe cerca de 9693EUR de reforma, é professor catedrático e na altura tinha um alto cargo na EDP. Já Já Duarte Lima, envolvido nas malhas do tribunal, recebe cerca de 2200EUR, e como se tal não fosse suficiente, anda a vender quadros da sua colecção pessoal para pagar dívidas.
Ao todo são pelo menos 397 beneficiários de uma lei extinta, a maioria a trabalhar nos ector privado.