O Governo pede austeridade, mais cortes para o povo, menos subsídios, mais endividamento. Tudo isto é um sinal da crise que aparentemente não existe na Assembleia da República.
A Assembleia da República representa o povo (ou pelo menos devia fazê-lo). No entanto como já largamente anunciado, têm mordomias que passam pelas ajudas de custo para deslocação, comem por 10EUR uma refeição que ao “povo” custa pelo menos 17.5EUR em qualquer restaurante, estarem ao Facebook em sessões e terem alguns carro e motorista próprio. Tudo vindo do estado.
Esse orçamento? Nem vê-lo.
Felizmente o Jornal O Diabo na sua edição de 8 de Maio de 2012 publicou um artigo onde mostrava o orçamento da Presidencia da Republica.
Uma análise rápida à imagem, pode constatar que por aquele local não existe austeridade, alias em 2010 quando o país já estava em crise houve até um aumento do valor que cada Português paga para sustentar os 1%. Pedem austeridade, pedem contensão, mas na casa mãe que nos governa isso não acontece!
E isto é apenas para servir um presidente (e os seus custos acrescidos, claro).
A ironia nem é essa. A ironia é pagarmos dos nossos impostos para termos pessoas a representar-nos que ganham menos do que nós e gastam mais do que nós.
Em declarações ao Tugaleaks a Alexandra que representa a Plataforma 15 de Outubro declarou que este governo está virado “apenas para ideais financeiros”. Nota-se bastante.
O povo continua atento.
ACTUALIZAÇÃO 20:15: corrigida informação para diferenciar orçamento da AR e PR. Este artigo reflete os dois mas de forma separada.