O Activobank, do Grupo Millennium BCP, tem há já algum tempo “barreiras sem abrigo” na sua agência da Rua Garret, em Lisboa.
No coração do Chiado, em Lisboa, encontra-se uma agência do Activobank. Ao lado de teatros famosos como Teatro Nacional de São Carlos, bem como o Teatro São Luiz e o Teatro da Trindade ou da primeira Livraria Bertrand. A agência encontra-se na Rua Garret, 68.
O lema do Activobank é “simplifica”, e da forma que simplificou, deixou de permitir aos sem abrigo um conforto e uma dignidade mínima nos poucos centímetros de barreiras que foram colocadas.
Até porque, segundo fontes que passam bastantes vezes no local, além de não permitir paz e sossego aos que nada têm, serve de “pisa papeis” para quem, descuidado, os esquece de colocar no lixo bem como impede quem se dirige ao Multibanco de pousar uma mala ou um saco. Embora esta infraestrutura já esteja colocada há bastante tempo, apenas recentemente chegou ao conhecimento do Tugaleaks.
Uma situação semelhante já tinha sido denunciada noutra instituição bancária, o BBVA. Na altura, Rui Martins do Movimento Mais Lisboa, indicou que “a decisão de uma filial de um Banco de colocar uma barreira metálica, contra transeuntes e, aparentemente, cidadãos Sem Abrigo é, a vários títulos, uma declaração pública de falta de inteligência: a visão dos ferros sobre a montra do BBVA destrói qualquer imagem visual que se pretenda transmitir através de cartazes ou da construção (sem difícil, sempre lenta) da imagem pública de uma empresa pela via publicitária. É uma comunicação da vontade do Banco de virar as costas aos cidadãos e uma mensagem de cerco e fechamento da instituição contra os cidadãos, clientes e parceiros que, afinal, deve servir. É, sobretudo, uma expressão de insensibilidade social”-
Numa altura de fortes rumores à volta do Grupo Millennium BCP, com a possibilidade da dispensa de 500 trabalhadores para cumprir metas, este não é um bom sinal para qualquer instituição bancária.
Contactado o Grupo Millennium BCP, este não comentou qualquer informação sobre estes factos.
Se conhece um banco ou um estabelecimento com “barreiras sem abrigo”, contacte-nos.