Por ordem judicial, a Visa é obrigada a permitir donativos à Wikileaks. A organização não recebia quaisquer donativos pelo sistema Visa desde finais de 2010.
Foi em Dezembro de 2011 que a Wikileaks – que publicou milhares de documentos de vários países, envergonhando e colocando em causa o bom nome de alguns deles – ficou “banida” e proibida de usar os serviços da Visa para receber donativos com cartão de crédito.
Embora a Visa tenha, por ordem judicial, retirado o bloqueio aos donativos, a Western Union, PayPal, Mastecard e o Bank of América continuam ainda com o bloqueio. Mas, esta vitória pode ser o início da recuperação financeira da Wikileaks. Pelo menos até 30 de Junho. Ao mesmo tempo que se conhecia esta decisão, a Visa decidiu colocar uma cláusula no seu contrato que determina o término do serviço a 1 de Julho. Por isso, até 30 de Junho a organização de Assange pode continuar a receber donativos.
A Wikileaks já fez saber que a Visa esta é “sobrepor-se a uma decisão do maior tribunal da Islândia”.
Num Press Release publicado no site da Wikileaks, Assange escreveu que “A Visa pensa que pode bloquear arbitrariamente as pessoas que publicam e as empresas apenas porque Washington pensa que são ofensivas”.
O ataque em finais de 2010
A Visa foi no final desse ano a mais afetada, tendo o seu site ficado offline perto de um dia. Na altura, os Anonymous faziam saber que este ataque era motivado por terem deixado de suportar os donativos. Num só dia a Visa, o MasterCard e a PayPal ficaram offline, embora o PayPal e a Western Union tivessem recuperado o controlo dos seus sites mais cedo do que a Visa.
Wikileaks continua a batalha em Tribunal
Segundo o mesmo press release, a Wikileaks irá continuar em Tribunal para receber um montante referente aos prejuizos que teve mas também para tentar removber o bloqueio feito pela Visa a partir de Julho.
