Em virtude da tentativa de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) pelo actual governo, assumindo que pretende o financiamento do serviço através do esforço acrescido dos seus utentes, por via, não dos impostos e contribuições que pagam, mas através do aumento do valor e número de taxas moderadoras, restrição do número de utentes isentos do seu
pagamento, diminuição da parcela do OE para a saúde, decréscimo da quantidade e qualidade de serviços oferecidos; quebrando assim um principio de solidariedade, de todos e de todas, para com o cidadão desfavorecido, o doente, um grupo de cidadãos reunidos na Assembleia Popular de Coimbra decidiu-se pela realização de um debate sobre o SNS de modo a
consciencializar a população de Coimbra para esta problemática.
Debate: O SNS – Presente, Futuro e Alternativas
dia 16 de Abril (segunda-feira), a partir das 21 horas
Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra
Oradores convidados
António Arnaut – advogado
Hernâni Caniço – médico
António Rodrigues – médico
Cristina Paixão – plataforma cidadã de resistência à destruição do SNS
Moderação
João Paz – enfermeiro
Evento no facebook
Depois de uma curta apresentação inicial do debate seguir-se-á a intervenção dos oradores convidados, após a qual se dará inicio ao debate propriamente dito com a participação de todas e de todos.
Aproveitamos ainda para dizer que a Assembleia Popular de Coimbra (APC) é uma estrutura de deliberação colectiva aberta à participação de toda a comunidade, cujos participantes são na sua maioria activistas inspirados pelos movimentos sociais que sucederam a primavera árabe, sobretudo o 15M espanhol mais conhecido como movimento dos indignados e o Occupy WallStreet dos Estados Unidos da América. Em torno da APC têm-se organizado acções diversas com cariz apartidário, laico, e pacífico, visando a recuperação do sentido de comunidade através da ocupação dos espaços públicos. Acreditamos que da luta pelo “público” e pelo “comum” poderão ser lançadas as sementes para uma nova democracia. Uma democracia inclusiva, onde os valores da autodeterminação (ou autonomia), da igualdade e da liberdade sejam as linhas condutoras da construção duma sociedade para todas e para todos. O processo de decisão usado na APC é o consenso e não o voto porque não se
pretende que a APC tenha unicamente uma função legitimadora de projectos individuais ou de grupos com interesses específicos mas sobretudo que proporcione condições para o desenvolvimento de trabalho colectivo assente nos valores da solidariedade e do respeito.