WASHINGTON – Jennifer Robinson, advogada do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse nesta sexta-feira, 10, que o australiano poderá ser acusado de espionagem pelas autoridades americanas.
“Nossa postura é de que não acreditamos que a acusação seja aplicável a Assange, e que em qualquer caso ele tem o direito da proteção oferecido pela Primeira Emenda (da Constituição americana) como editor do WikiLeaks”, disse a advogada, referindo-se às garantias de liberdade de imprensa, expressão e religião.
Segundo Jennifer, a aplicação da lei de espionagem contra Assange seria “inconstitucional” e colocaria em risco todas as organizações e meios de imprens dos EUA.
Atualmente Assange está sob custódia no Reino Unido, onde foi preso após a polícia de Londres receber um mandato de prisão das autoridades suecas, que o acusam de crimes sexuais.
O Departamento de Justiça dos EUA não se pronunciou sobre as possíveis acusações contra Assange, embora nesta semana o procurador-geral americano Eric Holder tenha dito que a publicação de documentos secretos dos EUA tivessem colocado o país em risco e que havia autorizado a abertura de uma investigação criminal contra o australiano.
Assange é considerado o responsável pelo vazamento dos mais de 250 mil documentos americanos, que começou no dia 28 de novembro e causou constrangimento às autoridades americanas por ter revelado segredos da política externa dos EUA. Washington classificou a ação como irresponsável e como uma ameaça à segurança nacional.