O Reino Unido não está contente. Os Estados Unidos estão furiosos. Mas, Assange pode ter agora uma viragem no seu processo: o asilo parece ter sido concedido.
Tudo começou com as acusações de teor sexual por duas mulheres na Suécia. Agravou-se para uma acusação e processo político, quando a Suécia tinha fortes indícios de extraditar o fundador da Wikileaks para os Estados Unidos, onde tinha sido formado um júri secreto para averiguar a possibilidade de Assange ser acusado de espionagem.
Em Junho, para evitar a sua extradição, pediu asilo à Embaixada do Equador. Nessa mesma altura o Tugaleaks recolheu algumas centenas de assinaturas que foram entregues no Consulado do Equador em Lisboa para, à semelhança dos vários países, tentar fazer pressão internacional para que a decisão fosse favorável a Assange.
Passados mais de dois meses, o Presidente do Equador, Rafael Correa, decidiu finalmente aceder ao pedido de Assange segundo algumas informações. No entanto ainda permanece dentro da Embaixada no Reino Unido.
Se Assange sair da Embaixada pode ser detido, uma vez que violou as condições da prisão domiciliária e que o obrigavam a não se afastar da casa onde residia há mais de um ano.
Por outro lado, a conta Twitter do Presidente do Equador indica que a notícia do asilo é falsa. Órgãos de media como o The Guardian (e a tradução da notícia do Público) e a Wired News já noticiam como certo, com base num membro do Governo, que o asilo foi aprovado.
Mesmo com o asilo aprovado pode ainda demorar meses ou mesmo anos até sair da Embaixada devido a ter quebrado as regras da sua prisão domiciliária.
Aguardamos nas próximas horas desenvolvimentos, que podem ser acompanhados na nossa página do Facebook.
Para já, pode ser um sinal de pressão estes artigos no main stream media internacional, ou a decisão pode mesmo já ter sido tomada. Tudo permanece numa incógnita.
A liberdade de expressão pode vir a ter uma nova virada de página, com o fundador da organização mais polémica da última década livre de um processo político complexo que visava a sua descredibilização.
UPDATE 13h30: removida informaçao incorreta da nacionalidade de Assange.