Uma policial sueca que participou em alguns interrogatórios vinculados à investigação das acusações de estupro e agressões sexuais que pesam contra o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, é amiga de uma das mulheres que o denunciaram à justiça, informa nesta quinta-feira o jornal sueco Expressen. De acordo com a publicação, a troca de mensagens no Facebook entre esta inspetora e uma das supostas vítimas demonstra que elas se conheciam antes de serem feitas as acusações contra o australiano e que fizeram comentários contrários a Assange.
“Vamos Claes Borgstrom!”, escreveu, em fevereiro passado, a policial referindo-se ao advogado das duas suecas com quem Assange manteve relações sexuais em agosto do ano passado. “Julian Assange é uma bolha prestes a explodir”, escreve ainda a policial,, cujo nome aparece oculto. Segundo o Expressen, a investigadora também conhecia uma das supostas vítimas, descrita pela justiça britânica como “Senhorita A”, através do partido social-democrata, do qual é militante ativa.
Os advogados reagiram imediatamente a estas revelações. Para o defensor de Assange, é uma situação muito grave e anormal, enquanto que o advogado das mulheres classificou a notícia de “fato menor e sem interesse” para a investigação. “Se isso for certo, é algo extremadamente anormal”, declarou o representante sueco de Julian Assange, Bjorn Hurtig. Borgstrom, o advogado das duas suecas, insistiu que a notícia “não tem nenhum interesse ou impacto para a continuação do processo”.
Fonte: Terra