Jamie (Trevor) Oliver é um chefe de cozinha britânico de 38 anos, conhecido pelos seus programas de televisão, em que pretende revolucionar toda uma indústria alimentar, tornando-a mais saudável. Em 2011 desafiou a gigante McDonald´s a mudar o processo de produção dos hambúrgueres, ganhando o processo judicial contra eles.
Dada a sua série “Food Revolution” – que estreou em 2010 – em qual o chefe se propõe educar as escolas para um hábito alimentar alternativo, Oliver conseguiu um nível de reconhecimento e respeito que lhe permitiu atacar – e ganhar – a metodologia do processamento de carnes das maiores redes de fast-food do país.

Em 2011, num episódio chocante desta mesma série, James Oliver confrontou os pais e os respetivos filhos com umas notícias desagradáveis. Pelos vistos, o que a grande maioria dos consumidores de hambúrgueres ingere, é comida feita com restos de carne que em situações normais serviria para os animais, lavada com produtos prejudiciais para a saúde, nomeadamente hidróxido de amónio.

 

McDonald´s: Jamie Oliver impede uso de químicos na produção dos hambúrgueres

 

Esta substância tem uma composição líquida e incolor, mas que pode causar alguns problemas de saúde graves se for ingerido ou inalado. Normalmente usado como produto de limpeza, o hidróxido de amónio tem características benéficas para o combate de baterias como salmonela e E-Coli, escreve a Medical Daily.
Segundo o próprio James Oliver, a USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) considera a composição química como fazendo parte do processo de produção, facto que não obriga a presença deste nas etiquetas dos produtos. Resumindo: nunca se sabe quando e qual a quantidade ingerida de amónio

Numa declaração oficial, entretanto removida do site McDonald’s, a cadeia de fast-food admitiu não ser a única a ter utilizado hidróxido de amónio (neste mesmo ano Burger´s King e Taco Bell confirmaram o uso do mesmo produto como também a decisão de deixar de o usar), que denomina como “safe product” e comprometeu-se parar de usar o componente químico, embora nega qualquer relação entre esta decisão e o processo perdido neste mesmo ano, contra o chefe.

Segundo o Examiner, Arcos Dorados, responsável do franchising na América Latina, garante que Irlanda e Reino Unido não seguem os mesmos procedimentos, enquanto que no Brasil esta polémica criou outras investigações em relação à McDonald’s.

 

Nada garante que o hidróxido de amónio deixou de ser utilizado, resta-nos confiar que as cadeias de fast-food tenham começado a cumprir a promessa, e que a comida que consumimos atualmente seja digna de a qualidade necessária a uma alimentação saudável.

 

Mesmo antes deste processo o McDonald’s já tinha sido pressionado pela opinião pública e embora ele não estivesse “sozinho” no processo contra a McDonald’s, foi a cara mais conhecida do processo.