José Esteves, autor de um engenho incendiário no caso Camarate, afirma que Camarate é um atentado e que a RTP SIC e a PJ queriam sempre inclinar-se para a tese de acidente.

José Esteves em Maio tinha divulgado uma confissão no Tugaleaks, em exclusivo, com várias acusações: de que a CIA tinha aprovado a operação, que a PJ tinha perfeito conhecimento do que estava para acontecer, que agentes da PJ lhe disseram para dizer à comunicação social que o avião estava pobre, que a SIC o protegia enquanto defendesse que Camarate era um atentado e que Esteves foi manipulado pela PJ.

Tal confissão foi novamente colocada online na conta Twitter do criador do engenho incendiário, com uma outra carta: uma carta da CIA, que não confirma nem desmente que Farinha Simões e José Esteves estejam nos ficheiros da CIA.

 

José Esteves não tem dúvidas que Camarate foi um atentado

 

Ambas as cartas são disponibilizadas na íntegra pelo Tugaleaks:

 

José Esteves afirma com convicção que o Caso Camarate“foi um atentado mas não foi o meu engenho que provocou a queda do avião, não tinha potência para ter explodido”.

 

RTP sabe que há contradições mas não investiga

Em deliberação no processo ERC/04/2013/370 a RTP confirmou que existem “inúmeras contradições que resultaram dessas entrevistas, bem como de todos os factos recolhidos”.
O Tugaleaks contactou a RTP, questionando-a sobre o seu dever moral, como entidade pública, de apurar a verdade. Não obtivemos para já qualquer resposta.

Esta informação nunca foi publicada online, uma vez que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) não publica as informações online mas apenas as deliberações.
Para José Esteves, “se havia discrepâncias, a obrigação do jornalismo era mostrar aos portugueses essas mesmas discrepâncias” e afirmou ainda que “o que a Sandra Felgueiras queria vir aqui buscar era uma versão do acidente, ela sempre quis a versão do acidente”.

Por último deixa ainda a nota de que “a RTP continua a ser dominada por um grupo de pessoas sobre o qual fiz queixa até para o director da RTP e também para a ERC. Mas, o Director nem se designou sequer a responder”