Imagina um livro com escândalos da democracia que vendeu 30.000 exemplares e que desapareceu. O Jornal i publicou um artigo em 2009 e o PDF voltou a desaparecer. Para de imaginar. Coincidência?

Mário Soares: o livro que o "atacava" e que desapareceu de circulação (e do jornal i)

 

Chamem-nos obcecados mas é a verdade. Para começar, retiramos do artigo do jornal i um excerto da notícia:

Fixe bem esta data: 27 de Janeiro de 1996. Era um sábado e o público português assistiu a um fenómeno sem precedentes: um livro, escrito por um autor nacional, vendeu 30 000 exemplares no lançamento. Depois foi retirado do mercado e nunca mais reapareceu.

(…)

Mas o que continha o livro afinal? Qual o motivo para as desaparições? Retomando a síntese de Vieira, que o analisou a fundo, Rui Mateus diz que Mário Soares, “após ganhar as primeiras presidenciais, em 1986, fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar fundos financeiros remanescentes da campanha. (…) Que, não podendo presidir ao grupo por questões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro”.

O engraçado nesta história toda não é o facto de haver um livro que atacava um grande politico daquele tempo nem o facto de mostrar corrupção. O facto mais engraçado é que o artigo do jornal i linka a um PDF que também não existe. Coincidência?

Um dos contactos do Tugaleaks fez o favor de nos enviar o PDF, o qual divulgamos abaixo. Entre os capítulos podemos ler algumas matérias e anexos interessantes, tais como:

  • Referência à conta movimentada na Holanda em nome do PS
  • Conta de Mário Soares no Bank fur Gemeinwirkshaft
  • Recibos vários entregues ao PS para a «resistência» ao 25 de Novembro de 1975
  • Transferência do PSD sueco ao PS no Verão «quente»de 1975
  • Carta de Mário Soares de 24.09.1075 ao ditador líbio, coronel Kadhafi

O livro chama-se Contos proibidos. Memórias de um PS desconhecido, foi escrito por Rui Mateus e está disponível para download no Tugaleaks.

Download aqui

 

Para sabermos a nossa história presente e em quem votamos, temos que ter bem definida a nossa história passada. E temos que saber em quem votar no futuro.

Convidamos-te a fazer o download e a citar nos comentários a parte ou as partes que mais gostaste de ler.