Se um cidadão não gosta do que os outros dizem, a primeira coisa a fazer é ignorar. Noutros casos com a mania das grandezas, tenta-se silenciar. A nova vítima parece ser um jornal que sai ás quintas.
Foi a 28 de Maio que Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares comentou “Vou sair mais forte” segundo o jornal Publico. Não esperava ele que a capa do Jornal O Crime de 7 de Junho, sensivelmente uma semana depois, tivesse como manchete principal “Ministro Relvas esconde processo de licenciatura” (ver a edição do jornal gratuita aqui onde está toda a notícia). Talvez a não haver licenciatura haverá certamente motivo para as ideias pouco convenientes que têm apresentado no seu emprego, ou seja, aquilo que todos os contribuintes pagam.
O Movimento Sem Emprego (MSE) que “não gosta de rebuçados envenenados“, a propósito da notícia do Impulso Jovem, uma das últimas ideias de Miguel Relvas, afirma que “… o programa «Impulso Jovem» – só possível com um fundo comunitário de 344 milhões de euros. (…) qualquer fundo comunitário exige que parte do investimento seja feito pelo Estado – logo são os impostos dos portugueses que estão a ser usados para implementar uma medida que apenas vai continuar a promover a precariedade através de estágios (que não oferecem qualquer futuro) ou de descontos nos impostos das empresas que contratem desempregados jovens, reforçando o ciclo de contratações e despedimentos em série.”
Perante todas as críticas, alguns possíveis “apoiantes” de Miguel Relvas decidem então atacar o Jornal O Crime, que desde sempre tem trazido informação relevante sobre casos muitas vezes escondidos nos media tradicionais e que desta vez fez algo de errado e muito grave em Portugal: procurou a verdade sobre um político.
E como qualquer jornal que exista, à semelhança de ataques anteriores a outros, tenta-se sempre atacar um dos líderes. O Tugaleaks descobriu uma página de Facebook onde está indicado que o seu director pertence ao PS e que um jornalista pagou uma quantia avultada para alguns “meninos” da Casa Pia falarem com o jornal. Sendo ambas as coisas legais, isto mais parece uma perseguição policial, mas sem a políca (ou a ERC) envolvidas.
O Tugaleaks tentou contactar o Jornal O Crime (mais que não seja pela parceria que existe entre ambos, de disponibilizar gratuitamente as edições poucos dias depois de estarem nas bancas) que responde que a situação estava a ser averiguada e a serem tomadas todas as percauções.
Aguardamos pelos próximos episódios, especialmente aquele onde se virá a provar ou a desmentir que Miguel Relvas é ou não um “bom licenciado”.
E assim vai a verdade em Portugal.