Miguel Relvas pensou que estava a dar um golpe de mestre ao falar para o Jornal I. Na verdade, conseguiu o oposto.
A capa do Jornal i de ontem tinha como manchete (50% da página) a notícia de que devido ao “escrutínio das redes sociais” Miguel Relvas vinha explicar a sua licenciatura. O jornal i deu 50% de destaque a uma manchete que na verdade tinha apenas uma caixa oa lado de informações irrelevante de forma directa para o caso do Ministro Relvas.
O Tugaleaks vem agora desmascarar aquilo que, após análise, vemos ser uma tentativa de assentar poeira que nunca deixará de estar no ar: a transparência do Ministro.
Em três pontos simples, deitamos por terra a entrevista, feita certamente por um jornalista que não está habituado a procurar fazer perguntas mas sim em obter depoimentos a juntar pela entrevista.
Ponto 1: as “redes sociais” são também “colegas” e sites
Não vamos contar com a parte do Tugaleaks. Não somos jornalistas (mas agimos como tal). Para Miguel Relvas somos apenas um site que incomoda. No entanto o Jornal O Crime está há um mês a falar disto, pediu inclusivamente como se pode ver nas edições para download no nosso fórum esclarecimentos ao seu gabinete sempre recusados. O Crime está registado na ERC. Uma pesquisa por “licenciatura Miguel Relvas” no Google retorna o Tugaleaks como dos primeiros resultados.
Será isto tudo uma rede social, a tentativa de não mostrar valores reais de contestação, ou uma falta de informação sobre a “Internet” do seu gabinete?
Ponto 2: os valores chegam para quê?
Nesta notícia da TVI24, informam que na década de 80 fez uma cadeira de direito e teve uma nota… 10. Atenção, 10. Depois afirmam que foi admitido por um conselho cientifico. Onde está provas da admissão, valores e créditos que foram comtemplados e quanto valeu o seu “curriculum profissional”? Nada se sabe, ainda.
Ponto 3: Passos Coelho pede “sacrifícios” aos Portugueses….
… mas o seu braço direito pode fazer num ano o que Portugueses em crise e clima de austeridade fazem em bem mais tempo e com mais dificuldades.
Como pode um Primeiro Ministro “não poupar” sacrifícios aos Portugueses quando um membro do seu próprio governo não os faz?
Ponto 4 (o ponto extra): o secretário do CADA mentiu á TVI24
A TVI24 na mesma notícia avança que “o secretário da CADA revelou ao tvi24.pt que não deu entrada, até ao momento, qualquer reclamação”.
O Tugaleaks pode confirmar que a informação prestada á TVI24 é falsa, e repudia qualquer alegação desta natureza vinda da parte de – e apenas curiosamente – entidades que estão ligadas ao Parlamento onde Miguel Relvas é Ministro.
Obviamente, nestes três quatro pontos, conseguimos ver um padrão de esconder a verdade. E apelamos a que qualquer cidadão que se sinta Português de verdade, também o faça. São demasiadas coincidẽncias, e depois da entrevista ao i, são mais ainda as respostas que não foram dadas.
Tendo em conta as aparentes dúvidas da nossa integridade em relação à queixa no CADA, o Tugaleaks vai entrar em contacto com a referida comissão e, caso se mostre intransigente em repor a verdade, convidamos desde já todos os órgãos de media interessados no tema, para hoje pelas 18h estarem no nosso webchat, onde vão ser apresentadas provas de que o próprio governo quer esconder as “provas” – passamos a redundância – e que afectivamente foi enviado ao CADE uma queixa.
Por fim, somos da opinião de que está a faltar bastante informação e transparência a este processo, e que vamos continuar, como grupo de cidadãos empenhados em descobrir a verdade, a fazer tudo o que está ao nosso alcance para chegarmos à verdade, seja ela qual for.
Por uma verdadeira democracia, JÁ!
Aos interessados, aqui fica a entrevista dada ao jornal i: