Foi divulgado ontem pelo Facebook que a UC gastou 12 mil euros em Pen Drives. Mas não é tudo. Tecnologicamente, Portugal desperdiça dinheiro do povo, especialmente em software Microsoft.
Embora o caso da Pen Drive da UC já tenha sido desmentido ainda falta explicar como fizeram o Ajuste Direto a um Domingo, mas isso certamente que os media não tinham um calendário à mão para comparar.
Tendo em conta que está na moda encontrar coisas tecnológicas dentro dos Ajustes Diretos, o Tugaleaks foi á caça de mais coisas. Encontramos porém desperdícios e factos interessantes.
Este contrato de 53.000EUR (53 mil euros) alega que é para a compra de Switchs para um datacenter. Ora, pegando num exemplo de Switch de “luxo” da Cisco, que tem 48 portas e custa 1.800EUR, podemos chegar aos 53 mil euros com perto de 31 Switchs. Havendo 48 portas, temos um total de 48 vezes 31, ou seja, 1488 portas para ligar 1488 máquinas. Será que existem 1488 máquinas no Instituto de Informática? O que fazem?
Claro que isto pode ser apenas um mal entendido ou podem ser por exemplo Switchs de fibra (que são mais caros), etc. Pode também como a Universidade de Coimbra quis afirmar ontem, ser um erro de inserção dos registos. Mas a juntar um erro e outro, acabamos por ver coincidências a mais.
Se isto não chega para nos preocupar, vamos ao software Microsoft, do qual o estado consome demasiado. Dizemos demasiado porque o Brasil, o nosso irmão do Acordo Ortográfico, adotou o Software Live e daí têm nascido não só bons resultados como podemos ver no seu portal oficial mas também têm trazido menos despesa pública para suportes e sistemas informáticos.
Em Portugal nada disso acontece. Temos este Ajuste Direto de 9 mil milhões de euros, este de 5 mil milhões de euros e este de 4 mil milhões de euros. Somando isto tudo, mais os outros que podemos encontrar na pesquisa, temos… demasiados milhões de euros. Só nos primeiros três ajustes são quase 20 mil milhões de euros. E os dois primeiros são apenas renovações!
Agora, como um grande governande disse, é só fazer as contas.
E como nós costumamos dizer… o povo não esquece.